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terça-feira, 8 de setembro de 2009

"Quero ser Ouvida pelo Regulador"

Acho altamente estranho que a Entidade Reguladora para a Comunicação (ERC) não me tenha convocado para me ouvir”, diz ao CM Manuela Moura Guedes, acrescentando: “Claro que quero ser ouvida pela ERC e dar o meu contributo para que todo este processo se resolva.” Azeredo Lopes, presidente do regulador, não comenta as afirmações da jornalista.
Manuela Moura Guedes não entende por que a ERC não a convocou para uma audiência em que possa expor a sua versão sobre a suspensão do ‘seu’ ‘Jornal Nacional de 6ª’, na TVI. Fonte do reguladora explica ao CM: “Se Manuela Moura Guedes quiser, pode pedir uma audição à ERC.” E acrescenta: “Nada a impede de dizer o que tem a dizer agora por escrito. Além disso, o regulador pediu à direcção de Informação, da qual ela faz parte, para se pronunciar.”
Na última sexta-feira, o regulador pediu explicações por escrito à administração liderada p
or Bernardo Bairrão e à direcção de Informação de João Maia Abreu. Agora, têm 10 dias úteis – ou seja, até ao próximo dia 17 – para explicar o sucedido. Bernardo Bairrão, administrador-delegado da Media Capital (dona da TVI), dará uma versão oficial da empresa. Por seu turno, João Maia Abreu, director de Informação da estação, terá oportunidade de explicar como tudo se terá passado desde quarta-feira à noite, quando foi informado da decisão dos seus superiores.
A ERC, que sucedeu naturalmente à extinta Alta Autoridade para a Comunicação Social, foi criada em Novembro de 2005. Apenas foram feitas audições em dois casos. Um sobre o tratamento dos incêndios florestais por parte da RTP, em que foi ouvido o crítico Eduardo Cintra Torres. Outro, o denominado ‘caso Sócrates’, que levou às instalações do regulador nomes como José Eduardo Moniz (TVI), Ricardo Costa (SIC) e José Manuel Fernandes (‘Público’).
Entretanto, em Espanha as negociações entre a Prisa (dona da TVI) e a Ongoing parecem correr pelo melhor. Por cá, várias fontes contactadas pelo CM garantem que responsáveis da SIC “já terão sondado alguns elementos da TVI para possíveis contratações”. Curiosamente, terá sido o administrador da Ongoing e ex-director geral da TVI, José Eduardo Moniz, que terá pedido “calma aos ‘convidados’”.


FOI PEDIDA CONTENÇÃO
Um sinal de que algo iria mudar no formato do ‘Jornal Nacional de 6ª’ foi dado ao ser pedido a Manuela Moura Guedes “contenção” na apresentação do noticiário. O CM sabe que o director de Informação, João Maia Abreu, em funções interinamente, foi informado de que o formato do polémico jornal iria ser alterado e que um dos motivos era, precisamente, o estilo aguerrido e muitas vezes jocoso da pivô.
Foi esse impedimento a que levou a dizer, no plenário de sexta-feira passada, “que não havia condições para continuar a apresentar”. Moura Guedes respondeu assim aos jornalistas que a questionaram quanto ao facto de não ser pivô do jornal nesse dia.
Contactado pelo Correio da Manhã, João Maia Abreu disse: “Não faço nenhum comentário sobre este caso.”
José Carlos Castro e Pedro Pinto vão agora alternar a apresentação do ‘Jornal Nacional’ entre segunda e sexta-feira.


FONTE: Correio da Manhã