Boa noite! "O Mestre" continua a captar a atenção dos cibernautas, enquanto os 8 aprendizes navegam pelas duras ondas da criatividade. Porém, Domingo aproxima-se e, tal como sabemos, dois deles vão morrer na praia.
Mas porquê falar do fim, se ainda agora começamos? Depois do Rui Alves e do Bruno Afonso, eis chegada a altura de encostar Nuno Paixão e saber tudo, sem tabus, sobre a sua participação neste concurso:
Nuno é inevitável não tocar no assunto que marcou a sua participação na 1ª fase do concurso. Logo que a sua sinopse foi apresentada choveram críticas em relação ao seu trabalho e chegou mesmo a ser acusado de plágio. Não sabemos se terá sido por essas mesmas razões porém, o Nuno foi o único dos 4 aprendizes apurados a não receber um único ponto por parte do público. Foi fácil ter de lidar com tantas críticas? Sente que, de alguma forma, está a lutar contra a vontade dos leitores?
É verdade. Nunca pensei que a sinopse pudesse ser tão polémica. Não considero que tenha sido fácil ou difícil lidar com as críticas, sempre reagi tranquilo e sereno. Confesso, no entanto, que fiquei desiludido e triste, principalmente pelo facto de as críticas serem infundadas. Tal como já referi em comentários, a série não é de todo um plágio. Escolhi esta temática porque acho que é fundamental, no ambiente social e de intransigência constante em que vivemos na nossa sociedade, fazer ouvir as vozes daqueles que mais são julgados por ela. Não nego, e também já o referi, que a ideia geral das minorias possa ter sido inspirada por outra série que também as retrata, mas não é de todo um plágio, pois o conteúdo da “Lista L”, nada tem a ver com o conteúdo da outra série. Senti de facto que nenhum dos leitores quis que a “Lista L” passasse à fase seguinte e que talvez a minha participação fosse inútil. No entanto, fico feliz por ter sido “salvo” pela administração do Mais TVI e da produtora Aproducons, por me terem dado oportunidade de mostrar um pouco mais da série e dado força para continuar e não deixar escapar esta oportunidade.
A sua apresentação no concurso despertou‐me bastante curiosidade. Falou da sua capacidade de observação e da existência de personagens em si. Sente que nasceu para o mundo da ficção ou este é apenas um passatempo? Porque razão decidiu entrar neste projecto? Acredita que pode ser o vencedor?
Desde pequeno que o mundo da ficção me fascina. Sempre fui adepto de cinema, teatro e das artes performativas. Em miúdo, sempre que via um filme, desejava puder viver naquele mundo à parte da realidade, poder sonhar sem limites e interagir com aqueles personagens. Fui crescendo e comecei a refugiar‐me nesse mundo. Comecei a escrever pequenas narrativas em que misturava a realidade com a ficção e enquanto escrevia era como se estivesse de facto presente na narrativa que estava a escrever, como se estivesse num outro mundo ficcional onde poderia ser o que quisesse. Sempre quis ser realizador exactamente para puder concretizar as histórias que imaginava e que tão fluentemente vagueavam na minha imaginação. Contudo, após tirar a licenciatura em Audiovisual e Multimédia, descobri que o realizador não pode reproduzir nada sem o escritor. Esse foi um dos motivos pelo qual me candidatei. Já tinha escrito uns sketches de teatro e quando a minha irmã me apresentou este concurso pensei que poderia ser um desafio à minha capacidade de escrita como possível profissional. Teria prazos, limites, era um teste a mim próprio que não poderia perder. Assim, e respondendo à pergunta final, claro que gostaria de vencer, mas sinto que já sou um vencedor. Na minha perspectiva, todos os concorrentes são vencedores a partir do momento em que se candidatam e aceitam este desafio. Mesmo que não ganhem, vencem com o direito de puderem afirmar que lutam pelos seus sonhos e pela sua felicidade não receando os desafios que se cruzamo- nos seus caminhos.
Mais esclarecedor é impossivel! Possivel é a surpresa que a amostra do 1º episódio de "Lista L" se vai tornar quando a ler! Está preparado? Óptimo, porque vai ter de esperar só mais um bocadinho...
Até já!