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quarta-feira, 2 de novembro de 2011

O poder das palavras!

Olá de novo! "O Mestre" tem pontualidade britânica e está aqui de volta para voltar a navegar no continente da criatividade e imaginação. Este concurso há muito que se tornou um verdadeiro negócio da China, e Gonçalo Pires é o detentor da missão de hoje.

Com "Criatura da Noite", irá ele conseguir provar que tem talento à "grande e à Francesa", ou iremo-nos "ver gregos" para justificar a sua participação na 2ª fase do jogo? Vamos ao que interessa:


Cena1. Cidade De Lisboa (ou Algarve, Porto). Exterior. Noite.
Vários takes nocturnos da cidade. A CAM circula por pequenas ruas e mostra as várias tribos urbanas. Como trilha sonora de fundo, Self Control de Laura Branigan. A mesma música prossegue na cena seguinte. CORTA PARA:

 
Cena 2. Bar. Interior. Noite
Aparece em legenda “DEZEMBRO, 2011”. Paula entra no bar e desperta a atenção de dois jornalistas que se aproximam dela. (NOTA: estes dois jornalistas aparecem somente aqui. São coadjuvantes /participações especiais).


JORNALISTA1- Boa noite, Paula Diniz! Trabalhamos no “Jornal Lisboa”. Pode-nos ceder alguns minutos?

PAULA – (incomodada) Por favor, eu saí há três dias de uma clínica de repouso...Tudo o que eu quero agora é paz! (afastando-se) Com licença, sim?

JORNALISTA 2 – (confidencia ao colega) Ficou cinco meses internada na clínica! É normal que ainda sinta algum constrangimento em falar sobre o caso “Criatura Da Noite”.

JORNALISTA 1 – Há muito tempo que eu não via um caso tão mediático. Saíram algumas notas até em jornais estrangeiros! Mas também não admira, não é? Houve um assassinato! (pausa) E sabes o que foi feito da “criatura”?

JORNALISTA 2 – A justiça foi implacável: vinte anos de penitenciária! O mais certo é que apodreça por lá…


 

A Cena fecha em Paula, dançando na pista do bar. CORTA PARA:

GENÉRICO – (como trilha sonora “Criatura Da Noite” – do grupo Entre Aspas).

Cena 3. Bar. Interior. Dia

Aparece em legenda “ Alguns meses atrás…”. Os irmãos Paula e Tomás estão sentados numa mesa ao fundo.

PAULA – (encostando a cabeça no ombro do irmão) Que fracasso, maninho! Que fracasso... A impressão que eu tenho, é que atirei ao lixo oito anos da minha vida.

TOMÁS - E estás mesmo irredutível? Não pensas em dar uma segunda oportunidade ao Miguel?

PAULA - Segunda? Só se for a décima segunda... Desta vez, o rompimento é definitivo.

TOMÁS - É assim tão grande o ódio que sentes por ele?

PAULA – É imenso! Cada dia maior…

TOMÁS – (beijando-lhe a testa) Então não é ódio, querida… É amor!


Início da música “Time” – Alan Parsons Project, que continua na cena seguinte. CORTA PARA:

Cena 4. Beira do Mar. Praia. Exterior. Dia

A CAM foca a ondulação do mar, as ondas que nascem e quebram (os altos e baixos da vida). Os irmãos observam.


 
(…) TOMÁS – E já pensaste na minha proposta?

PAULA – Pensei…E a minha resposta é não! Não faz sentido, Tomás! O apartamento é teu. Seria uma invasão ao teu espaço. Ao troféu que conquistaste com tanto suor: a tua liberdade! Eu fico provisoriamente em casa da avó!

Tomás sorri e abraça a irmã. CORTA PARA:

(…) A partir de agora, a acção toma lugar no prédio da falecida avó. Dona Ofélia (a porteira) entrega as chaves do apartamento a Paula (Ela repara num retracto de Dona Ofélia com um senhor idoso – pergunta-lhe quem é, ao que ela responde que se trata do pai que já morreu). Logo na primeira noite, Paula ouve gritos, de madrugada. No dia seguinte, confrontando alguns vizinhos com o facto, eles dizem que não ouviram nada. (Infelizmente esta sequência é longa, não foi possível apresentá-la aqui. Apresento a última cena do 1º episódio: Paula foi convidada para uma festa de boas-vindas ao prédio, promovida pelo médico-cirurgião que vive no primeiro andar.

Cena 28. Sala de jantar da casa de Afonso. Interior. Noite
Na festa, estão presentes os moradores do prédio: o anfitrião (Afonso), Dona Ofélia, Rute (uma jornalista) e Paula. A protagonista acaba de chegar e Afonso cumprimenta-a.

AFONSO – (sedutor, cumprimenta-a) Doutora Paula Diniz, é uma honra recebê-la em minha casa! Palavra de honra! Aqui somos todos vizinhos…Eu espero que se sinta à vontade.

PAULA – (sorrindo) Eu vou-me sentir mais à vontade, se não me tratar com tanta formalidade, Afonso! A Dona Ofélia já me contou que é médico. Somos colegas de profissão! (Breve troca de olhares entre ambos)

(Tomás chega nesse instante à festa. Preocupado, aproxima-se de Paula).

TOMÁS – (para Paula) Preciso falar contigo!

PAULA – Estamos no meio de uma festa, não é Tomás? Será que não podemos falar mais tarde, em casa da avó?

TOMÁS – Eu falei com um colega meu que trabalha com o sistema de vigilância do prédio. Ele tem acesso às câmaras e mostrou-me imagens de ontem à noite. (secretamente ao ouvido) Tu disseste-me que ouviste gritos perto da meia-noite, não foi isso?

PAULA – (alarmada) Foi! Mas o que é que mostravam essas imagens?

TOMÁS – Ouve Paula, eu não sei se uma coisa tem relação com a outra, mas… Sabes quem eu vi subir as escadas do prédio ontem, perto da meia-noite?

PAULA – (tensa) Quem?

TOMÁS – Quando chegamos ao prédio a primeira coisa que fizemos foi buscar as chaves à Dona Ofélia, lembras-te?

PAULA – É claro, que eu lembro! Importas-te de saltar essa parte?

TOMÁS – E lembras-te daquela foto? (silêncio) Era ele, Paula! O pai da Dona Ofélia que segundo ela, havia falecido há 5 anos. A câmara filmou ele a subir as escadas do prédio, ontem à noite.


(A Cena fecha na expressão perplexa de Paula. CORTA. FIM DO 1º EPISÓDIO (sondagem aos leitores do Mais Tvi: Deverá Paula denunciar a descoberta?)

E então? O que acham? Temos aqui um grande talento, certo? Bem, o que interessa é que amanhã "O Mestre" está de volta para lhe dar a conhecer mais um grande episódio de mais um jovem aprendiz cheio de talento.

Está combinado não é? Então pronto: já está escrito!!!