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quarta-feira, 25 de maio de 2011

Aqui é de series que se fala... (Último da 1ª Edição)

Boa tarde! Bem-vindo ao último Opinião em Série!
Após 9 semanas de opinião, 9 séries em análise e 9 sugestões pessoais, chegámos à derradeira edição da 1ª temporada desta rubrica. Havai Força Especial, O Evento e Apanha-me Se Puderes foram algumas das séries que a TVI comprou este ano e que, por essa razão, sofreram o nosso rigoroso escrutínio. Esta semana, e para fechar a rubrica da melhor forma, escolhemos uma mini-série nacional de seu nome O DOM

A sinopse já todos devem conhecer: Eduardo (Pedro Lima) é um psicólogo que se faz passar por vidente e que, após ser desmascarado, decide voltar à sua terra natal para superar o vazio existencial que atravessa. Em Sesimbra, Eduardo conhece Patrícia (Paula Lobo Antunes), a vizinha que é alvo de desabafos seus e que o ajuda e encontrar uma explicação lógica e racional para as experiências paranormais que começa a ter. Catarina (Núria Madruga), uma ex-cliente dos tempos de vidente e amiga da ex-mulher Rita (Cláudia Oliveira), acredita que Eduardo tem um “dom” e que deve aceitar essa condição para ajudar as pessoas da terra. Contudo, uma visão recorrente atormenta-o: a do seu filho que desconhece e que lhe foi omitido por Clara (Diana Costa e Silva), a sua ex-namorada da adolescência. Numa corrida contra o tempo para salvar João de uma morte trágica, Eduardo terá de superar o seu cepticismo e resolver os seus conflitos morais.

Partindo para a análise propriamente dita é de destacar a forma como o tema do misticismo e do paranormal foram explorados: a história (mesmo não sendo muito complexa) foi bem desenvolvida e as personagens cumpriram bem o seu papel – Paula Lobo Antunes esteve irrepreensível e Pedro Lima continuou sem desiludir. Outro ponto positivo foi a produção quase cinematográfica: os diferentes planos de imagem e a edição inteligente equiparam esta produção a outras do género.
Por outro lado, surgem os pontos menos positivos: se por um lado, por vezes, os diálogos eram demasiados vagos e sem interesse (abrandando significativamente o ritmo da série), por outro lado tínhamos uns cenários mais fracos e “despidos” do que o habitual. Pequenos detalhes que em nada enfraquecem a qualidade da série.
Com uma média final de 8.3% de rating e 32.5% de share, O DOM mostrou, assim, ter sido uma aposta fácil de sucesso (apesar de não ter tido uma audiência estrondosa) e torna viável a escolha da TVI em continuar na produção destes formatos.
E é com esta 10ª análise (número perfeito por excelência) que terminamos esta 1ª temporada da rubrica Opinião em Série. Prometemos voltar em Agosto, com novas séries e novas sugestões, mas sempre com a mesma opinião. Até lá.

“Todo o Homem precisa de uma ficção;
e a melhor ficção é que não tem explicação”

O que achou da 1ª edição de "Opinião em Série"?
Gostava que apostassemos numa 2ª edição?