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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Aqui a opinião tem lugar!

A rúbrica "Jornal Opinião" irá manter-se no blog depois da grande mudança, porém, com um novo logotipo!

Diz o povo (com que sabedoria!!) que um é pouco, dois é bom e três é demais. Digo eu, que embora não seja mestre na arte de comunicar ainda vou percebendo, pouco mas bem, o que se faz em televisão: "uma novela é pouco, duas está bom mas três é impossivel de aguentar". Pois é carissimos: quatro meses depois de uma folga merecida lá estamos nós de novo frente-a-frente com a mesma programação implementada por José Eduardo Moniz em tempos que já lá vão.

Fazer novela em Portugal é mais do que um prazer: é uma necessidade! Não o digo por verificar que os resultados da TVI aumentam sempre que estreia uma nova produção mas por (e é nos outros que encontramos os nossos defeitos) constatar que estações de televisão como a de Carnaxide começam a envergar pelo mesmo caminho. Digo eu: não o fariam se não tivessem consciência da necessidade deste produto para vencer no longo caminho das audiências.

Porque razão me indigna tanto que a SIC comece a apostar em força na ficção nacional? Não é por medo da concorrência mas sim com medo de que o caminho para as lideranças em televisão, se façam recuando! Isto, mais uma vez, não por me preocupar com os resultados que a SIC poderá obter mas sim porque uma concorrência diversificada e forte daria impulso à estação que apoio para se desafiar em novos projectos irreverentes, originais e que se afastem finalmente do passado!

Na televisão, tal como na vida em geral, nem tudo são rosas mas também nem tudo são espinhos. Por mais incrivel que possa parecer mesmo dentro da "falta de diversidade" consigo encontrar "diversidade" na actual ficção nacional da TVI. Sim, é verdade caro leitor! Mesmo estando contra a implementação de três novelas em horário nobre (e afirmo-o sem medos!) tenho de congratular a estação de Queluz por ter conseguido juntar três produtos de ficção tão diferentes de si: "Doce Tentação" é a tipica novela que, no Brasil, ocuparia o horário de final da tarde por ser destinada a um público mais infantil (é o habitual conto de fadas em que tudo é o que parece); "Remédio Santo" é a novela mais "slow": muito humor e mistério, tudo ingredientes que agrada desde os mais novos aos mais idosos o que a torna, portanto, mais transversal; e, por último, "Anjo Meu", um projecto inovador em Portugal e que, por ser de época, está direccionado para um público mais idoso que tenha vivido (n)os loucos anos 80.

A verdade é uma (e é dura como sempre!)! Fazer novelas em Portugal é um negócio onde todos ganham: ganham as estações de televisão, ganham os autores, ganham os actores e ganhamos todos nós...mais que não seja, uma grande dor de cabeça!