main
main

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Aqui é de filmes que se fala!

E o segundo chegou mais cedo. Eram 22h45 e já estava no ar. Uma comédia romântica sobre temas que de românticos não têm nada – divórcios, partilhas, traições e casamentos mal resolvidos.

Da autoria de Andreia Vicente e Alexandre Castro e com realização de Jorge Queiroga, o telefilme “O que as Mulheres Querem” foi uma agradável surpresa: foi nostálgico ver o regresso de Lúcia Moniz e Sofia Aparício às produções da TVI, foi divertido ver Amélia Videira depois da participação em Anjo Meu e interessante recordar um antes-de-doce-tentação de Sofia Ribeiro e Marco Delgado. Sem esquecer, obviamente, as sempre oportunas intervenções de Marina Albuquerque e João Maria Pinto.

Mas, voltando ao telefilme, Pedro e Inês (onde é que eu já ouvi isto?) são os protagonistas; dois advogados especialistas em divórcios que se conheceram em pequenos e que em grandes se voltam a encontrar. Pedro é um solteiro por opção que rejeita quaisquer relacionamentos a longo prazo. Inês é o amor da sua vida e a porta de saída da vida boémia de Pedro. Um reencontro inesperado, mas cuja resolução vai sendo adivinhada e construída ao longo dos 90 minutos de história.


Sinopses à parte, com um orçamento não muito elevado e um elenco não muito numeroso, “O que as Mulheres Querem” foi um bom exemplo do bom cinema que se pode fazer em televisão. Destaco a prestação tão natural de Lúcia Moniz que vendeu muito bem a sua personagem, bem como a excelente realização, fotografia e cenários (ou décors, como quiserem). Ponto negativo só mesmo a audiência, que continua a não fazer jus à produção.

E para esta semana é tudo. Antes de terminar, algumas das frases ditas sobre o telefilme no twitter e um dos inspirados pensamentos de Pedro.


“Há relações assim, basta mudar os hábitos. Outras precisam de chegar ao fim, acabar um ciclo para começar de novo. Conhecer alguém, namorar e casar. Começa tudo outra vez. Já aprendi a não julgar. No casamento ou no divórcio, na traição ou no celibato, cada um procura a felicidade à sua maneira. Às vezes, só quando perdemos o que temos é que percebemos o real valor das pessoas e dos sentimentos. Afinal, qual é o erro que não merece uma segunda oportunidade? Uns precisam de voltar atrás. Outros têm de seguir em frente, mudar, arriscar sem medo de falhar.”


André Pinheiro