“Foi uma personagem diferente e que gostei muito de
fazer. No início, quando comecei a trabalhar, e porque vinha do mundo da moda, muito ligado à imagem as pessoas chamavam-me para fazer um papel de galã e tinha imensos problemas em fazê-lo porque queria fazer outras coisas. Agora vejo que não altura queria provar a mim mesmo e aos outros que era capaz de fazer mais qualquer coisa que não só o galã. Mas reconheço que o galã é uma personagem difícil de fazer e, passo a expressão, é uma personagem 'corno', porque é chato. Mas esta personagem do 'Anjo Meu' não me foi apresentada como tal mas antes como um tipo um bocado falhado, extremamente vaidoso, muito mulherengo. Deu-me muito mais gozo fazer um personagem que queria ser galã, pouco consistente nas discussões e nos conflitos, que tenta colocar a voz mas depois lhe saem os falsetes. Tentei fazê-lo de uma forma ligeira, não muito exposta e exagerada, nem muito evidente. Foi todo o lado ridículo da personagem que eu gostei de explorar. Encontrei algumas pessoas que me diziam: 'Aquele personagem não é para si!'. E eu dizia: 'É para mim porque me dá gozo fazer!'. E, portanto, dá-me muito mais gozo fazer este tipo de personagem que o próprio galã.”, ressaltou o actor.O modelo ainda revelou a sua opinião sobre a TVI manter três novelas em horário nobre: “para a ficção nacional, para os actores e para a relação dos portugueses com a nossa realidade, creio que é bastante bom.”, admitiu.
Miguel Leão
