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sábado, 19 de junho de 2010

Dia 26 de Junho não perca a entrevista a Pedro Carvalho (Alex de "Mar de Paixão")



Como foi para uma criança de (se não me engano) 11 anos pertencer ao elenco principal de um dos grande sucessos TVI, "Amanhecer" ao lado de Fernanda Serrano, entre muitos outros actores de "luxo"?
Para mim foi espetacular, e no inicio assustador, poder trabalhar com actores tão bons e prestigiados como aqueles. Foi na altura um sonho tornado realidade, mas que nunca pensei tornar-se o meu futuro, e a minha vida.


Sempre sonhou com a carreira de actriz?
Sim, sempre. Desde que me lembro de existir.


Para muitos jovens o nome Sara Barradas não tinha qualquer importância artistica até à sua entrada na série "Morangos com Açúcar". Como foi quando soube que iria integrar a 5ª temporada desta grandiosa série?
Quando fui convidada para os Morangos, no inicio fiquei um pouco preocupada e receosa, pois era uma responsabilidade diferente fazer uma série com o reconhecimento e visibilidade que esta tem. O que me fez acreditar e atirar-me de cabeça foi a personagem, que me suscitou muito interesse. Meses mais tarde, agradeci por ter tido a oportunidade de interpretar a Diana - uma personagem com uma bagagem de vida incrível - e ter, eu também, crescido com ela.

Para uma rapariga tão pacifica, como foi quando recebeu o guião e se apercebeu da rebeldia da Diana (em "Morangos com Açúcar")?
Foi exactamente essa diferença entre mim e ela que me extasiou. Tive medo claro de não conseguir interpretá-la como devia, mas se assim fosse era por não ser talentosa. Acho que depois a Diana foi surgindo naturalmente com os textos, as roupas, a make-up, o cabelo, as suas acções. Ela surgia em cada adolescente que eu observava. E observei muitos durante a minha vida, mas, particularmente, durante essa época.

Como foi gravar na Ilha da Madeira a novela "Flor do Mar"?
Foi muito bom. Foi diferente. Era estar fora cá dentro. Era sempre refrescante ir para lá, pelo menos para mim. Apesar de fazermos mais do que uma ou duas viagens por semana, apesar de lá estarmos sempre a trabalhar, o facto de não estarmos no meio da confusão citadina de Lisboa e de não estarmos dentro do estúdio era sempre um mimo. Foi um projecto que gostei muito. Gostei muito de fazer a Maria Inês - personagem tão crédula, ingénua e sofredora, que teve de aprender a voar sozinha, a cair e a erguer-se num curto espaço de tempo. A equipa era também muito boa e divertimo-nos.

Em "Espirito Indomável" ainda pouco vimos da sua Claúdia mas já deu para perceber que se distancia de tudo aquilo que já fez até hoje. Como é a Claudia?
Sim, até agora, ainda pouco vimos da Cláudia, mas muito vamos ver. A Cláudia é uma jovem-mulher pretensiosa, ambiciosa, e até um pouco preversa. Usa e abusa da sua sensualidade para ter o que quer. É apaixonada pelo João, há muitos anos, e acredita, totalmente, que se vai casar com ele e ser rica, para deixar de ser empregada e ser então patroa. Respeita os pais quanto baste e não tem paciência para os irmãos mais novos. Com a chegada de Zé a Coruche tudo vai mudar, quando Cláudia vê nela uma ameaça ao seu casamento e ao seu futuro. Cláudia não vai descansar enquanto não assegurar a sua vida e vai passar por cima de quem puder para o conseguir.

É complicado gravar num ambiente que se distancia tanto do "mundo urbano"?
Não. Para mim não, pelo contrário. Ás vezes quanto mais nos isolamos melhor. E o facto de estarmos a gravar em Coruche, aquele lugar pacato e acolhedor é como se estivessemos numa cidade cenográfica só nossa. Torna-se mais íntimo. A mim não me incomoda nada. Eu até prefiro sempre que os exteriores sejam fora de Lisboa - cidade onde a maioria passa grande parte do tempo.

Acredito que ja se tenham passado algumas cenas caricatas durantes as gravações de "Espirito Indomável". Consegue - nos contar alguma?
Uma!? Não! São tantas! Eu divirto-me tanto, aliás divertimo-nos tanto! Este projecto está a ser maravilhoso. Os núcleos de actores são todos muito divertidos e profissionais. Particularmente, no meu núcleo (Carla Andrino, Adriano Luz, Luís Esparteiro, Sofia Nicholson, Afonso Pimentel, João Catarré, entre outros) o ambiente é sempre excelente. No meio de grandes cenas de grande tensão conseguimos os nossos momentos caricatos com pequenas brincadeiras momentâneas, pequenas piadas. E bom é ver que num estalar de dedos há uma "transformação", concentramo-nos e fazemos cenas muito, muito boas. Tenho um prazer enorme ao estar ao lado destes grandes actores e todos os outros que não mencionei mas com os quais contraceno, e ainda os outros com quem não contraceno directamente. Estou a adorar!

Após a estreia da novela resistiu a ver os valores audiométricos da mesma?
Não, claro que não resisti.

Consegue - nos dizer um motivo para os Portugueses continuarem "presos" a "Espirito Indomável"?
É, claramente, uma novela mais proxima dos portugueses, a nível de espaço, de acção, e das personagens. Essencialmente, as personagens de tão humanas que estão, com qualidades e defeitos, vão conquistar o coração dos portugueses. É uma novela em que a história não pára. Estão sempre a acontecer coisas que vão prender o espectador. Aconsellho a não perderem um único episódio!

Como é a reacção dos fãs na rua? Já passou por algum momento caricato?
A reacção dos fãs até hoje sempre foi bastante positiva. As pessoas simpatizam comigo, elogiam o meu trabalho, fazem perguntas... É bom ver este carinho por parte do público, que é para quem mais trabalhamos. Momentos caricatos já todos tivemos, é dificil enumerar um. As pessoas normalmente olham para nós como se não vivessemos neste mundo, e têm tendência a querer tocar-nos quase para ver se somos reais. Isto acontece muito com as crianças. E ás vezes pedem-nos autógrafos em partes do corpo.

É bom trabalhar na e para a TVI? Porquê?
Sim, claro! Foi a TVI que me descobriu e apostou em mim. Foi na TVI que cresci enquanto actriz e pessoa. A TVI é como a minha casa, na qual a família sempre me tratou muito bem. Por isso, sinto-me extremamente agradecida por todas as oportunidades concebidas até hoje, e orgulho-me de poder continuar a fazer história na ficção nacional (já lá vão 8 anos) como a TVI tem feito até hoje.

Obrigado Sara e continuação de um óptimo trabalho!
Obrigada eu pelo reconhecimento. Fico muito grata. Continuação de um bom trabalho também, e que continue a gostar do nosso!