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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Aqui a opinião tem lugar...

Se há coisa que o mundo da televisão ensina é que qualidade nem sempre é sinónimo de audiências e nem sempre o que é mais visto é o melhor produto! Rui Vilhena é a fotografia ideal deste 11º mandamento: depois de ter brindado os Portugueses com os sucessos "Ninguém como Tu" e "Tempo de Viver" o guionista optou por fazer um upgrade nas suas produções acabando por dar à luz "Olhos nos Olhos" e "Sedução": duas das tramas de menor sucesso da estação de Queluz.

É facil perceber o que distingue a novela protagonizada por Fernanda Serrano das restantes exibidas pelo canal, e o esforço pedido ao leitor para uma correcta análise é minimo: é necessário apenas observar com atenção a notória diferença dos discursos e a complexidade com que são proferidas as mais simples afirmações. Nas mãos de Rui Vilhena o simples faz-se arte e o banal torna-se um valoroso intrumento de cultura.

Agora pergunta o leitor: porque razão as produções de Vilhena não têm assim tanto sucesso? E a resposta encontra-a no albúm de recordações da TVI! Como é que se convence um bebé a comer um fantástico arroz de marisco quando, para ele, as papas continuam a ser o seu prato de eleição? Por mais ridicula que pareça a comparação, é exactamente isso que se passa com "Sedução": depois de anos a "alimentar" os Portugueses com produtos de ficção banais, como conseguiria a TVI convencer Portugal a deixar-se seduzir por esta história?

Os fracassos do presente têm origem nos erros do passado e agora só uma mão firme poderá salvar a TVI de permanecer com a triste ementa que mantem há varios anos!