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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Aqui a opinião tem lugar...

As influências internacionais levaram a que lhe chamasse-mos "reentré" mas, em bom português, bem poderiamos dizer que o mês de Setembro é a época mais alta e mais importante da televisão em Portugal.
Se em Janeiro se mudam os produtos e no Verão se queimam os sucessos, às portas do Outono aposta-se tudo numa luta incessante pela liderança.

Se em 2010 Fátima Lopes era o rosto da reentré, este ano é Teresa Guilherme que ocupa o lugar de destaque na TVI. E não fosse o produto da senhora Big Brother seguir o mesmo caminho que o que marcou a estreia de Fátima em Queluz, a TVI apostou tudo na alta promoção. "A Voz de Portugal" e o "Peso Pesado" são dois produtos à altura da "Casa dos Segredos" mas na luta das promoções é a estação de Fragoso que leva a melhor. É certo que as audiências do reality show da TVI poderão ficar áquem do esperado (o que não acredito) mas a guerra do falatório já tem o troféu entregue e, felizmente, está (como a bola) do nosso lado.

Diz a biblia que nem só de pão vive o homem e a verdade é que na TVI os "Morangos" parecem ser uma das apostas mais fortes da reentré. A 9ª temporada da série juvenil lider em Portugal promete mudança, polémica e um rejuvenescimnto da sobremesa mais doce do país. Numa altura em que a ficção de alto nivel parece dar sinais de fraqueza, o produto que muitos, por inveja ou por desconhecimento, apelidam de "parente pobre da ficção", é um dos maiores trunfos da TVI e há até rumores de que a estreia poderá ter lugar em horário nobre, como havia sido feito com a 7ª temporada.

Mas não é só com a série juvenil que a TVI vai à guerra. Aliás, as tardes vão ter mesmo um novo brilho. Fátima Lopes prometeu e José Fragoso garantiu: o "A Tarde é Sua" vai permanecer na grelha do canal mas com uma nova cara e uma nova roupagem. Há quem diga, até, que está a nascer um novo "Você na TV". Oxalá essas vozes cheguem a Queluz de Baixo já que, até hoje, a escolha de Fátima Lopes para ingressar a lista de nomes da estação ainda não compensou a perda de grandes nomes como o de Júlia Pinheiro.

Por último, a redução do número de novelas por noite promete ser a estratégia mais dura e mais radical da TVI. Habituada a sobreviver pela ficção, a estação de Queluz de Baixo tem agora um novo caminho a seguir e vai ter de aprender a alimentar-se de mini-séries e telefilmes e convencer os Portugueses de que não é, apenas, o canal das novelas e da falta de cultura.

Em suma o caminho é longo e doloroso e o certo é que vencer já não é uma palavra comum no dicionário da TVI. Nós por cá (como diria Carnaxide) só esperamos que haja também um novo "acordo ortográfico" no canal que, em tempos, vimos vencer com o tamanho da Torre Eiffel!