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quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

A TVI é feita de pessoas!

Hoje, excepcionalmente, irei falar de duas pessoas. Porquê? Porque é uma dupla que consegue ganhar. Não, não é a dupla (óbvia) Manuel Luís Goucha e Cristina Ferreira. Mas sim, Júlio Magalhães e Marcelo Rebelo de Sousa. Porquê falar neles? Porque Júlio vai sair, ao que tudo indica. Já ouvi rumores de que o diretor do Porto Canal garantiu que o “Juca” já assinou e irá ocupar o cargo de diretor de informação, em vez de diretor de programas. Vou começar por falar no Professor. Não por preferencia pessoal, mas porque temos sempre de começar por alguém. Se começasse pelo Júlio, o dilema era o mesmo. Chega de bla bla da treta.


Em Abril deste ano estive à conversa com o Júlio e ele falou-me de Marcelo Rebelo de Sousa. Deu-me, na minha opinião, uma boa “definição” (se é que se pode definir alguém): “O professor fala de tudo, sabe de tudo, informa-se sobre tudo”. E é verdade. Marcelo, faz comentários há mais de 30 anos e há 10 anos em televisão. Num minuto tanto fala da recessão económica e da crise do euro, como no minuto seguinte está a falar sobre uma regata. Fá-lo sempre de uma forma única e diferente de todos os outros comentadores: consegue não massacrar e ainda, às vezes, diverte.

Agora vamos falar do senhor que deu nova vida à música do Pedro Abrunhosa, “E tudo o que eu te dou”. Desde já é com muita pena que vejo a sua saída. Mas, por outro lado, é com uma certa expectativa, para saber o trabalho que vai fazer no Porto Canal. Júlio Magalhães já fez tudo, ou quase tudo no meio jornalístico. E de certeza, que tem muito para dar noutros ramos – como na direção do programas!, não acredito que vá dirigir a informação do canal do FCP... já liderou a da TVI, e seria um desafio menor.

Mas falando da carreira de Júlio Magalhães. É um jornalista unanime, isto é, com boas relações com todos, sem nenhuma “mancha” no curriculum. A maioria das pessoas gosta dele, porque consegue a empatia, não tem medo de sorrir e de brincar, nos momentos certos. E o público gosta disso, gosta de sentir que quem “dá as notícias” tem sentimentos, e não é apenas uma espécie de máquinas que lê textos.

Estes dois senhores da comunicação conseguem proporcionar todos os Domingos espaços informativos diferentes e esclarecedores. Nota-se uma cumplicidade e uma amizade que só ganha pontos junto de quem vê. A prova disso são as audiências.
E agora, quem irá para o lugar de Júlio?