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quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Aqui a opinião tem lugar!


Boa noite! Se ao ouvir a música postada anteriormente sentiu um arrepio, uma saudade, uma nostalgia ou simplesmente uma vontade de voltar à infância é porque a sindrome "Super Pai" resulta mesmo! Já lá vão longos anos desde que a TVI brindou todos os Portugueses com uma história tão real que, por mera contradição, nos levou pelo mundo do sonho. E porque falar em "Super Pai" agora? Porque mesmo tendo deixado de entrar pela "caixinha mágica" há anos, as peripécias da familia Figueiredo continuam bem vivas na nossa memória.

Mas não, não vamos falar dessa mesma série que conquistou Portugal no tempo em que a TVI se começava a erguer. "Super Pai" é apenas um exemplo do que é fazer televisão! É certo que a "caixinha" que mudou o mundo tem muito mais para se dizer do que se pensa: não é fácil gerir anos e anos a fio de um canal de televisão, ainda para mais porque os produtos não são eternos e, arrisco mesmo, pouco ou nada mais há de novo para se fazer na TV! A verdade é que as estações de televisão há muito que se deixaram de preocupar com a imortalização dos produtos tornando-se mais fácil e rentável apostar em projectos definidos sob a fórmula "principio, meio e fim" em que o "fim" corresponde realmente a um "adeus eterno".

Projectos como "Casa dos Segredos", "Peso Pesado", "Preço Certo" (entre muitooos outros) terão o seu fim um dia e jamais serão recordados com a saudade com que todos nós recordamos "Médico de Familia", "Super Pai", "Big Show SIC", etc...Não digo que não os iremos recordar com saudade mas não será o mesmo. Não por terem menos qualidade do que os mais antigos (bem pelo contrário!) mas porque se tornaram banais num universo cada vez mais homogéneo (e já agora: onde a "falta de identidade", como se diz por aí, anda a tocar a todos, infelizmente).

A aposta em televisão escasseia de dia para dia, não por culpa das estações mas porque assim é a lei da vida, e faz falta o empenho e dedicação na concretização de projectos que, um dia, despertarão em nós uma panóplia de sentimentos quando, simplesmente, ouvirmos um som, uma voz, uma música, uma frase ou um simples gesto que, outrora, havia estado ligado ao produto em causa. Isso sim, comprova o sucesso de um projecto que, tão erradamente, se tem medido em números! Ter sucesso é ser recordado com esse sentimento tão Português que é a saudade! Como diria Mariza, "há gente que fica na história, na história da gente"!