main
main

terça-feira, 15 de novembro de 2011

O poder das palavras!

Boa noite a todos os leitores e obrigado por estarem, de novo, desse lado nesta última semana de concurso. É já no Domingo que vamos conhecer o nome do vencedor da 1ª edição d'"O Mestre" e a decisão continua totalmente em aberto.

Ontem Rui Alves deixou-nos de boca aberta com o excerto de um dos episódios da sua série e hoje é a vez de Bruno Afonso nos deixar espreitar um pouco do que andou a preparar. Estão prontos para ler "A Carta"?

Cena 1 – Uma gruta com a luz a aparecer no fundo aparece, e a câmara vai-se aproximando dessa mesma luz, aparecendo 4 silhuetas pertencentes a Joel, Cláudia, Diogo e Catarina que vem a caminhar. Joel traz consigo uma chave velha de latão, Cláudia um mapa e Diogo vem a mancar.


Joel – Ok, já temos a certeza que o sítio é este. Só nos falta encontrar uma fechadura…
Cláudia – Segundo o mapa chegamos à parte mais funda da gruta dentro de momentos.
Diogo – Fico sempre admirado com a grandiosidade destas grutas e como elas podem suportar tanto peso!
Catarina – É caso para dizer “Dêem-me um ponto de apoio e levantarei o mundo”
Cláudia – Chegámos! É ali mesmo a frente.
Catarina – Agora é procurar a fechadura!
Joel – E rapidamente, antes que venham os deathnotes.

(Começam a procurar, e de repente ouvem barulhos, que depressa dá para perceber que são pessoas a chegar)

Catarina – Eles chegaram!
Cláudia – Como? Como é que é possível eles chegarem aqui tão rápido?
Diogo (afastando-se um pouco) – A culpa foi minha… Eu atrasei-vos muito!
Joel – Nós somos um grupo e nunca te íamos deixar para trás!
(Todos os outros acenam a cabeça e sorriem como sinal de concordância)

Cláudia – Aqui não há fechadura nenhuma. Já procuramos por todo o lado.
Joel – Não podemos desistir depois disto tudo!!

(Joel começa a procurar enraivecido por todos os cantos daquela galeria. Entretanto o barulho de pessoas a chegarem vai-se intensificando)

Aquiles (que entretanto aparece rodeado de pessoas com um sobretudo vestido que lhes tapa todo o corpo) – Aqui estão vocês! Apanhem-nos!

(As pessoas que rodeavam Aquiles tiram o sobretudo apresentando uma farda tipicamente usado pelos soldados da Grécia antiga e prendem Cláudia, Diogo, Joel e Catarina que tentam resistir)

Joel – Eu falhei…

(Aparecem flashbacks de todas as principais descobertas que eles foram fazendo no decorrer da série sendo o ultimo flash a leitura da carta – parte integrante do 1º episódio – onde a câmara foca a frase “localização da grande obra e foi confiado em ti a chave e acima de tudo o sangue da nossa linhagem para conseguires triunfar.” ganhando um especial relevo) – Volta a cena da gruta, aparecendo Joel a sorrir.

Aquiles – Tanta coisa que vos falhou. Arquimedes era de facto um génio, e como génio que era as suas obras merecem ser mostradas ao mundo.
Diogo (gritando) – Mas não da forma como tu queres!
Aquiles – Vocês são muito parvos! Ninguém constrói uma arma para o bem como vocês insistem em dizer! A arma foi construída para a guerra! E para a conquista do que quer que seja é preciso guerra, e tendo a arma mais forte e sobretudo abastecida tão facilmente…
Cláudia (Interrompendo Aquiles) – E como vais chegar a essa arma? Aqui não há nenhuma fechadura onde encaixe a chave!
Aquiles (virando-se para os soldados) – Procurem uma fechadura!

(Os soldados dispersam-se pela galeria e passado alguns minutos)

Soldado – Não encontramos nenhuma fechadura. Apenas uma imagem gravada na rocha de um ‘olho grego gota’.
Aquiles – Será que não é aqui o sítio? Não é possível! (Enraivecido) Tinha de ser aqui! (Faz uma pausa)
Vocês achavam que era noutro sitio! Digam-me qual ou vão conhecer o Arquimedes pessoalmente!
Diogo – Não!
Aquiles – Tens a certeza? (Pega em Catarina com um ar ameaçador) - Acho que a tua amiguinha é que vai sofrer com essa tua decisão!
Joel – Eu digo… (faz uma pausa) - Segundo a carta que recebemos dizia para procurarmos Bootes – A constelação, pensamos que pode ter algo a ver…
Aquiles – A constelação de Bootes?
Joel – Sim
Aquiles – Foi um prazer negociar convosco. (Empurra Catarina para o chão) Sabem… Uma das belas coisas que Arquimedes também inventou foi a alavanca… E vai ser essa mesma invenção que vos vai prender aqui para a eternidade, enquanto eu vou finalmente encontrar o que quero!

(Aquiles arranca a chave das mãos de Joel e ordena os soldados selarem a galeria usando para isso alavancas que fazem pedras desmoronar-se fechando a galeria.)

Cláudia – Que vamos fazer?
Catarina – Não sei… (Uma lágrima escorre-lhe pela cara)
Diogo – Ainda por cima nem o sítio certo encontramos…
Joel – Este é o sítio certo!

(Todos os outros olham espantados para Joel)

Joel – Aquela chave era apenas uma adereço, a verdadeira chave esteve sempre comigo! É o meu próprio sangue. A resposta estava no inicio desta aventura…Na carta! Restava-me descobrir onde eu tinha de colocar o sangue, mas um dos ‘deathnotes’ deu-me a resposta. A imagem do ‘olho grego gota’.
Catarina – Claro! A escritura que estava por cima da chave! “A chave é a visão”

(Joel sorri. Cláudia entretanto consegue soltar-se, soltando depois os outros)

Diogo – É agora…

(Joel pega numa rocha afiada e corta um pouco do braço deixando cair umas gotas no símbolo gravado na pedra. Uma abertura na gruta imperceptível ao olho abre-se)

Todos – Eureka!



Pois é, a história de Bruno Afonso continua mesmo mas apenas se o leitor lhe der um voto de confiança. De Sexta a Domingo, se este é o seu aprendiz preferido, só tem de votar para o ver ganhar o titulo de "Mestre".

Já sabe, "O Mestre" volta já amanhã para vermos o que tem Mário Valadas para nos contar sobre a sua série. Combinado? Agora não pode faltar: está escrito!